quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Difícil? Mas valia a pena...




Vi-te. Quis-te conhecer. Demorou, pois sou envergonhado. Mas lá tive coragem para tal. Fomos falando e falando. Já a meter-mo-nos um com o outro. Depois, queria combinar alguma coisa contigo. Tu também. Mas ninguém o dizia. A vergonha era tanta... Entretanto, lá combinávamos, ao ver-mos e analisar-mos o tempo disponível de cada um. Quando nos encontrássemos, mal sabia como eras mesmo. Eras linda, na verdade! Mal te via, o meu coração começava a bater a mil à hora. Quando chegasse ao pé de ti, não sabia o que dizer, estaria de tal maneira embaraçado. Cumprimentava-te, com vontade de te beijar. Depois perguntaria onde querias ir. Tu respondias, onde quiseres, tanto me faz. Pondo pressão em cima de mim, lá escolheria um lugar isolado, à beira-rio e calmo. Conversávamos. Começávamos a meter-mo-nos um com o outro. A comentar a roupa um do outro. A chamar feios um ao outro. Brincávamos. Ria-mos. Davas-me chapadas. Eu "ameaçava-te" dizendo que estavas feita comigo. E nisto já teriam passado umas boas horas, sem dar-mos conta. Quando não houvesse assunto... Falávamos do tempo. Mas com vontade de nos beijarmos. Teria chegado a hora de irmos embora. Já se fazia tarde. Mas nenhum de nós queria ir embora. Um dizia que tinha de ir embora, o outro dizia que não fazia mal ficar mais um pouco. Era aí, que olhávamos nos olhos um do outro, a química subia... E rolava o tal beijo, tão desejado, tão apaixonado, como se fosse o primeiro das nossas vidas. Aquele beijo significaria muita coisa nas nossas vidas. Um principio de uma grande paixão. Esse beijo mudaria um pouco as nossas vidas. Já tínhamos como prioridade, um e outro. Já só queríamos estar um com o outro e aproveitar esse tempo ao máximo. Eu iria ter contigo, nem que fosse para estar 5 minutos, para ter ver e dar um beijinho. Tu aproveitavas, que passavas ao pé de minha casa e dizias para eu descer somente para me veres. E assim era durante um mês e outro, e outro... Depois, quando estivéssemos com alguma estabilidade, pediria-te em namoro. Com um pedido, no mínimo, original. Em que aceitarias e seria um dia para mais tarde recordar. 

Depois disso, viriam os ciumes. Um do outro. Mas ambos, depois, daríamos provas mais que suficientes que não valia a pena desconfiar, porque só queríamos um ao outro e não pensávamos em mais nada. Haveriam discussões. Embora saudáveis, para esclarecer coisas que queríamos saber. Que depois acabávamos abraçados e dizíamos "amo-te, não te quero perder". Chegava a altura de eu conhecer os teus pais e tu os meus. Então decidíamos Combinar um jantar conjunto, todos juntos, as duas famílias  para oficializar a nossa relação. Nessa altura diria-te "que orgulho que tenho em nós amor". Cariamos promessas, reais e que pudéssemos  claro, concretizar. Planos, uma coisa normal fazer aquando apaixonado. Mas teria de ser tudo com pés e cabeça, senão não daria em nada. Sempre com consciência. Dormiria em tua casa. Tu na minha. Acordavas rabugenta, mas eu aguentaria tudo por ti, e só te queria fazer sorrir e dizer-te "Bom dia princesa" e depois levaria-te o pequeno-almoço à cama. Passaríamos o dia juntos, sem alguma preocupação. Perfeito! Momentos de loucura vividos com bastante intensidade e com tal cumplicidade inigualável. 
Passaria um ano e ainda continuávamos juntos, com uma rotina só nossa, e continuaríamos apaixonados como se fosse o primeiro mês. 



Faríamos de tudo para alegrar um ao outro, para que um tivesse um orgulho enorme do outro.
Passados uns bons anos, os nossos planos eram relembrados e reflectidos e perguntávamos "Será que ainda te lembras? 

Eu lembro-me e tenho confiança em nós para o conseguirmos juntos.
Poderíamos casar. Numa praia. Teríamos um apartamento, tomaríamos café as 5 da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador 30 vezes, teríamos grandes conversas, beijaríamos no meio de algumas frases e passaria os domingos de chuva contigo na cama... Fechava a porta, os estores, as luzes e víamos um filme e quando o filme acabasse? Íamos ver outro, e outro, sempre juntos, as tuas costas contra com o meu peito. Queria que anoitecesse e mandar vir uma pizza, comíamos na cama e lutávamos pela ultima fatia. Queria que acabássemos essa luta com beijos, beijos intensos e quentes. Queria passar uma noite perfeita do teu lado, com a tua cabeça no meu ombro e quando pegasses no sono, com a mão no teu cabelo eu ficaria a escutar a tua respiração... de manhã acordaria e dava-te um "Bom dia Rainha" como sempre sonhei. 

Depois pensaríamos em ter um filho. Víamos que tinha todas as possibilidade de ter mais uma pessoa, nossa, nas nossas vida. Já escolheríamos o nome dele, discutiríamos isso mas depois chegaríamos a um consenso. Para além do casamento, era mais uma razão para nos ter-mos, um ao outro, para toda a vida.





Mas sabes o que queria mesmo? Que isto se concretizasse e que se repetisse todos os dias e todas as noites. Que ficássemos a dormir na nossa cama, na nossa casa... E depois de tudo isto eu iria olhar-te nos olhos e ria sem motivo e perguntavas o porque, eu não respondia, ambos saberíamos o motivo de tal felicidade."

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